segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cânticos de Agar

Para esse 27/11/2014, dia de ação de graças pelas infinitas bênçãos que recebemos, somos presenteadas com esse texto maravilhoso que minha querida amiga produziu. 
Divido com vocês, porque beleza guardada não tem valor.

Graças a Deus!!

"Louvemos ao Deus de Agar!
Porque com mãos misericordiosas salvou–a com o filho no deserto.

Louvemos ao Deus de Agar!
Porque nos encontrou no sepulcro, onde fomos buscar a vida.

Louvemos ao Deus de Agar!
Porque a morte não nos assusta, estamos acostumadas a morrer e a
ressuscitar todos os dias.

Louvemos ao Deus de Agar!
Porque deu um filho a Ana.
Porque deu um perfume raro e longos cabelos à Maria
E, no poço de Jacó, deu voz à Samaritana.

Louvemos ao Deus de Agar!
Porque dignificou Maria de Madalena e muitas outras Marias e Anas.

Porque todos os dias elas carregam fardos no deserto e não morrem.

Porque roubam frutos proibidos para alimentar seus filhos que não morrem.

Porque doam seus filhos, assim como árvores doam os seus frutos, ainda que
ninguém os queira.

Porque doam ou vendem seus corpos e lutam na fronteira do sagrado e do
profano.

Louvemos ao Deus de Agar!
Porque se fez Mãe, assim como se fez Pai e se fez Filho.

Louvemos ao Deus de Agar!"

(Vera Castro 11/2014)

 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Impressão de uma visita que fiz!




Precisei de alguns dias de introspecção para digerir o que significou a visita que fiz na última sexta feira, dia 29 de agosto de 2014 ao espaço do sr. Edir Macedo. Com a expectativa única de estudo, compareci no dia e hora marcados na credencial (uma fita colorida de papel colado no pulso) na Av. Celso Garcia, 605, Brás / Centro de São Paulo.

Para adentrar é necessário passar por detectores de metal que acendem uma luz vermelha, como nas entradas de estabelecimentos bancários. Logo se aproxima a segurança (mulher para revistar mulheres, homem para revistar homens) com luvas pretas e disposta a encontrar qualquer item que pudesse me incriminar e impedir minha entrada: “Chicletes, cigarro, isqueiro, drogas??” “Não, nada disso. Só tenho minha identidade e meu celular.” “Então desce por aquelas escadas, coloque o celular no armário, tranque, tire a chave e volte! Nada de celular nem câmera. Chicletes também não pode.” “Sim senhora.”

De volta ao detector de metal, fui liberada. Mais à frente me questionaram sobre a credencial: “Cadê sua pulseira?” “Não está colando, acho que rasguei quando fui tirar o adesivo.” “Entre assim mesmo...” Coxos, cadeirantes, muletantes... todos são obrigados a esse rito.

Na minha igreja local, entramos como estamos: com bolsa ou sem, com chicletes ou balas, com chaves ou sem. Nunca fui questionada sobre o que carregava na bolsa. Isso só me aconteceu em agência bancária.

O prédio é suntuoso. Muito grande mesmo!

As escadarias são largas e a iluminação me fez lembrar o Coliseu, monumento que visitei em Roma. Exceto por um detalhe: alto falantes anunciavam com voz feminina, quase angelical: “Não entre no templo conversando. Ao entrar no templo, entre em espírito de oração”.

As cinco portas de acesso (enormes e douradas) são “guardadas” por “pastores”, devidamente engravatados, com túnicas brancas com aplique dourado na gola e o logo tipo do local bordado (também em dourado) do lado esquerdo do peito. A faixa dourada na cintura lhes imprimia postura ereta. Pelo menos uns dez homens com essa vestimenta.

Uma vez lá dentro, outras dez mulheres com as mesmas túnicas douradas devidamente bordadas nas golas e no peito, com faixas douradas, elegantes sapatos dourados e simpáticas presilhas douradas nos cabelos (penteados com rabo de cavalo) posicionavam-se nos corredores, indicando o local para assento. Não é permitido sentar-se em qualquer lugar. Você é encaminhado sempre para os lugares na frente. Caso tente adentrar em um dos corredores, é questionado por qual motivo quer entrar.

Nos telões posicionados do lado esquerdo e direito da parte da frente, imagens de cursos de rios, florestas, como que convidando a um tempo meditativo. Entre a troca de imagens, versículos bíblicos correspondentes ao ofertório: “trazei os dízimos à casa de Deus” e por ai vai.

Nos auto falantes, além de uma música repetitiva (sempre a mesma parte) a mesma voz “angelical” da entrada: “Evite transitar dentro do templo, fique em atitude de oração.”

Como que não tivesse percebido a indicação para tomada de assento na parte da frente, sentei-me no último banco. Não fui importunada por isso.

Senti falta de bíblias, mas pensei que os textos seriam projetados nos telões no momento certo.

Escutei alguém falando sobre o tour. Questionei e fui informada que nas tendas do lado de fora é possível agendá-los. Quis sair para fazer, mas não me foi permitido: “A reunião já vai começar. Se fecharmos as portas, não poderá entrar mais.” “Mas ainda faltam 15 minutos, dá tempo!” “Senhora, deixa para o final da reunião.” Entendi o recado: sem ficar transitando no espaço!

Sobre a simbologia do local será outro texto. Outro artigo. Outro estudo!

Até esse momento as luzes estavam apagadas. Havia iluminação indireta vindo das enormes menorás nas laterais. Seis de cada lado, com luzes alaranjadas, que nos remetia a chamas de fogo. 

Às 20h em ponto as cinco portas se fecharam e tudo começou. Pude ouvir o barulho das travas. Fiquei com uma sensação estranha. As luzes da parte da frente foram acesas. As cortinas se abriram e pudemos ler: “Santidade ao Senhor” logo acima do monumento dourado. De uma pequena porta saíram sete homens. Todos com quipá e xale, símbolos judaicos. 

Tocou uma melodia bem alta e todos se levantaram. O orador começou com um “Boa noite” e foi direto ao ponto. Sem rodeios: “Vocês vieram aqui para receberem a bênção. Então venham até o altar, depositar suas ofertas e vamos determinar que você não sairá daqui sem recebê-la.”

Assim foi feito. Havia mais ou menos umas seis mil pessoas no local. Estavam completos um pouco mais da metade dos assentos. Pelo menos três mil pessoas posicionaram-se na parte da frente, depositando seus envelopes nas “jóias da coroa de Salomão” que são quadrados de vidro coloridos (branco, azul, vermelho, verde...) com luzes que os iluminavam, localizados abaixo do palco. 

Daí foi o primeiro falatório. Chamarei de falatório porque me recuso a chamar aquilo de oração. Não era oração! Não havia agradecimento pela vida, pela saúde, pelo dia. Não! Era um falatório acerca da determinação do que o “deus do templo de Salomão” estava obrigado a conceder, porque os que estavam ali não eram tímidos diante desse deus. Eles eram ousados e queriam muito mais do que lhes é oferecido. E realmente, quanta ousadia!!!

Então o frenesi começou. De longe, de onde eu estava, o orador parecia ter menos do que 2 cM de altura. Mas falava muito, muito mesmo. Repetia frases e bordões, dispensáveis de serem transcritos, porque certamente você já ouviu na TV ou leu em algum outro relato. Pois bem: é isso mesmo! 

Uma gritaria, um falatório sem sentido, luzes apagadas. Gritos! Medo! “Não tenham medo, o demônio foi expulso e agora está amarrado. Você está livre para se entregar totalmente e receber a bênção. Apenas determine!”

“A cruz vai aparecer e assim que você olhar para ela eu garanto: você estará curado! Acenda-se a cruz!” E nesse momento acendem-se alguns grupos de luzes no teto, em formato de cruz. Pronto, cessou a gritaria e o falatório. Palmas!

O professor Rui Josgrilberg, numa conversa que tivemos, usou a expressão “gestos e palavras plásticas”. Agora sim eu entendia o que isso representava. 

“Agora vamos GRAVAR os testemunhos. Vamos pegar apenas alguns, devido o tempo. Mas não se preocupe. Se você quiser dar o seu testemunho diante das câmeras, procure um de nossos repórteres lá fora.”

Na minha comunidade o testemunho tem cunho didático, com o objetivo de compartilhar com os irmãos o mover de Deus na vida de quem compartilha.

Naquele lugar o “testemunho” é dado para as câmeras. E as pessoas são chamadas então a terem os seus 3 segundos de fama, em rede nacional.

Esses testemunhos também são dispensáveis de serem relatados porque você já ouviu um. É sempre a mesma coisa, a mesma matéria prima: plástico! São pessoas doentes por anos sendo curadas naquele instante. 

Curioso: após a entrevista, dada a confirmação do entrevistado que foi curado, o orador (que agora se plastifica como apresentador) estende a mão e diz: “Parabéns, O DEUS DO TEMPLO DE SALOMÃO te curou.”

Note que não foi Deus, o Criador, o Pai, o Eterno, Aquele que te ama, mas o deus do templo de Salomão!

Enquanto as entrevistas acontecem, a multidão já retornou ao seu assento. Assim que acabam as entrevistas (umas seis, no máximo) recomeça outro ato. Note que essa primeira entrega foi da oferta. Agora é chegado o momento dos dízimos.

Para que não haja dúvidas, o orador explica: “Você vai tirar o dízimo de tudo o que você tem no bolso. Se você tiver dez, tira um. Se tiver cem, tira dez. se tiver mil, tira cem.” Esse foi o único momento didático que encontrei em toda a reunião: como calcular a décima parte.

“Ai na sua frente tem um envelope dourado. Coloque seu dízimo nele e entregue ao senhor. Se não quiser vir aqui na frente, entregue a um de nossos levitas nos corredores.” E lá vai novamente a multidão. Começa uma música que não conheço. Não há projeção da letra. O orador diz e a multidão repete no ritmo da melodia. Pronto! "Não sabem o que estão repetindo, pensei.” A música é interrompida pelo orador, que já parece bem agitado. Está suando! Mais falatório, mais frenesi. Outra frase plástica e... calmaria.

Outras entrevistas, outros testemunhos. Desta vez, referentes ao aspecto financeiro: processos que foram resolvidos e o dinheiro saiu, dívidas antigas que foram recebidas etc etc etc.

A multidão volta aos assentos. “Vou falar de uma coisa muito importante que tem no Salmo 91. Não ajuntareis bens para si. Sabe aquela pessoa rica, que de uma hora pra outra perde tudo o que tem? É porque ela está preocupada em ajuntar para si. Deus não gosta disso. Ele gosta que se apegue a ele!” E vai discursando sobre isso. Tudo plástico! A mesma reprodução!

A agitação do orador aumenta: gesticula muito, anda de um lado para o outro, sobe e desce as escadas de acesso ao palco. A luz ilumina-o diretamente. Só a ele e à parte da frente do local. O monumento dourado representando a arca atrás dele quase o ofusca. Visivelmente está incomodado.

Após uns cinco minutos de falatório, conclama a multidão novamente: “Venham aqui na frente. Serão ungidos com o óleo santo pelos seis sacerdotes e tudo que suas mãos conquistarem durante essa semana, colocarão no envelope que irão receber e trarão aqui na próxima semana.” Entendi o primeiro ato da reunião: a multidão estava entregando o envelope da semana passada!

Neste momento passam os levitas entregando  credenciais para a próxima semana - pulserinhas amarelas. A minha era laranja. Peguei duas. Quero que mais pessoas de fora vejam o que se faz lá!

Marchei em direção à parte da frente. Infiltrei-me na multidão. Eram muitos mesmo. Só me senti em torno de tanta gente quando fui a um show público da Marisa Monte, no Ibirapuera.

Na marcha, ninguém se olhava. Ninguém me olhava. Eu procurava olhares, queria conversar com alguém, mas não encontrava resposta. Outra música a ser repetida. Essa eu também não conhecia. Eu não conhecia nada, nem ninguém. Não me reconhecia naquele espaço!

Fiquei por último para pegar o envelope. Lá estavam os seis homens, três de cada lado, pendurados na ponta do palco, com as mãos para baixo tocando as pessoas aqui embaixo.  A mão do “sacerdote” que me tocou já não estava mais besuntada de óleo, então não pude ter contato com o líquido. Mais uma vez, sequer houve troca de olhares ou um sorriso. Nada! Peguei o envelope dourado, com o slogan do local: templo de Salomão!

Mal eu peguei o douradinho, outra multidão já estava a caminho da frente novamente. Não consegui vencê-la. Já eram quase cindo mil pessoas. Fiquei lá. De frente para a jóia branca da coroa (espécie de gazofilácio para receber as ofertas), com um palco acima de minha cabeça, com pelo menos 1,60M de altura.

Dessa vez a multidão foi conclamada a entregar a sua vida a deus. “Venham entregar suas vidas. Venham dizer a deus que querem se apegar somente a ele.”

Outro frenesi. Mais gritaria. Calor. Suor. Mau cheiro. Quanto mau cheiro! Pensei que alguém fosse cair em cima de mim. “Fique tranquila, aqui ninguém cai.” Garantiu um rapazinho engravatado, com pose de segurança, que me impedia de encostar no palco.

“Deus quer que se apegue a ele. Se você é apegado ao seu carro, ao seu apartamento, ao seu dinheiro, entregue tudo pra deus. Ele te dará muito mais do que você tem!”

Não estava acreditando. A sensação de solidão no meio da multidão até aquele momento transformou-se em indignação.

 “O que ele está falando?” Achei que fosse mentira. Então, como se tivesse lido meus pensamentos, o orador/apresentador repetiu: “entregue seus bens a deus”. Dessa vez, não era plástica a fala, era encharcada de emoção. Ele estava quase chorando.

Olhei pra frente. Vi seus pés. Olhei pra cima, vi seu rosto. Vermelho, suado. A luz incomodava seus olhos. Tentei buscar seu olhar, mas ele não encarava a multidão. Olhava pra cima, de onde vinha a luz. Tentava permanecer com os olhos abertos.

Eu já não escutava mais nada: a gritaria tomou novamente conta daquele espaço. E fiquei ali. Sem espaço. Sem reconhecimento de mim mesma: “o que eu vim fazer aqui, meu Deus??”. Foi certamente uma das piores experiências que já tive.

As luzes da frente se apagaram. Mais uma frase plástica. Apenas as menorás estavam acesas e refletiam cores verde e azul. A comoterapia talvez explique. Outra frase plástica. A multidão se acalmou e foi dispensada. Fim desse ato. Eu estava desacreditada do que havia presenciado. 

Mal cheguei ao meu lugar, outra conclamação: “Você está vendo esse envelope branco ai, na frente da sua poltrona? Tem também uma caneta, não tem? Escreve nesse envelope a resposta que você quer de deus. Escreve ai o que você quer que deus te responda essa semana.”

Provavelmente sei como Jesus se sentiu quando se irou e quebrou o templo. Senti o desejo de fazê-lo. Mas a prudência me impediu. Ou será que foi a Margarida, uma amiga que me acompanhava? Não sei. Mas não o fiz. “Vamos embora. Já são nove e meia e isso vai pra mais de metro, tche.” “Vamos sim, Margarida. Já deu!”

E o apresentador continuava: “escreve ai a sua resposta. Agora você vai demonstrar para deus o quanto você quer que ele te responda. Coloque nele a sua oferta. Se você quer muito que ele te responda, coloque muito. Se você quer pouco, coloque pouco. Para você que quer colocar, mas não tem dinheiro, os sacerdotes com a máquina de cartão de crédito estarão posicionados ao lado das sacolas. Você passa o cartão, coloca o recibo no envelope e deposita o envelope na sacola. deus receberá a sua oferta.”

“Hã??? Como é que é???” 

“CANALHAS” foi o que escrevi. CA NA LHAS. Depositei o envelope branco na sacolinha segurada por uma mulher, ao lado do “obreiro” com a máquina de cartão de crédito (ou débito) em punho e sai daquele lugar.

Mas não antes de ser questionada: “Aonde as senhoras vão?” “Ao banheiro” “É por ali.” Uma pessoa foi designada para nos acompanhar, para ter certeza de que iríamos ao banheiro. 

Uma vez no átrio, fui abordada por um rapaz, com uns vinte e poucos anos, cheio de malícia. Importunou-me: “Como é o seu nome?” “Pra que você quer saber?” “Vou pegar seu nome e seu telefone. Vou te ligar para gravar um depoimento seu que vai passar no rádio, durante nossa programação.” “Mas eu não quero dar depoimento nenhum. Não vou te dar meu telefone!” “Por quê? Você não foi abençoada?” “NÃO! EU DETESTEI ESSE LUGAR!” 

E sem maiores abalos, o malicioso rapaz foi atrás de outra vítima. Sem se importar com meu relato. Ele não estava “nem ai”. “Está fazendo escola. Amanhã será ele ali na frente” eu pensei e me entristeci. Isso não vai ter fim...

Peguei meu celular e saí com uma certeza: não quero mais voltar aqui!!

Ainda que eu conte essa experiência por toda a minha vida, jamais vou conseguir exprimir toda a indignação que senti naquele lugar. Aquilo não é templo! Aquilo não é comunidade! Aquilo não é igreja! Aquilo não é culto! Aquilo não é cristianismo!!! 

Parece-me que estamos diante de um momento muito delicado de nossa sociedade. Necessitamos estudá-lo e discuti-lo com muito cuidado, pois muitas atrocidades já foram cometidas no passado em nome de um deus. Penso que esse deus também responderá por perversidades futuras. Mas quem o deterá??

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Passemos



Πάσχα, Pessach, Páscoa

Nesse período, nas civilizações antigas, festejava-se a passagem do rigoroso e gelado inverno para a doce e colorida primavera.

Para os judeus a festa celebra a saída da escravidão para a terra prometida, que emana leite e mel. A libertação da opressão para a liberdade de culto.

Para os cristãos, a Páscoa é a ressurreição do Salvador; a vitória da vida sobre a morte, a certeza de continuidade.

Seja no grego, no hebraico ou em português, Páscoa remete-nos a mudança de hábitos, liberdade, transformação! 

No Brasil, nosso maior símbolo é o chocolate! O cacau, extraído do caroço (semente) da fruta, é amargo, quase impossível de ser degustado! Mas, após ser triturado, prensado, processado, adocicado, transforma-se em uma delícia capaz de modificar nosso estado de espírito. Não é bacana isso?

Assim também somos nós! Vivemos em estado de tristeza, amargura, pressão além do que podemos aguentar!! Mas eis que algo nos transforma! Nos traz nova vida, novo ânimo! Encontramos escondida uma nova criatura, um novo momento e então recomeçamos mais uma vez, acreditando na doçura do recomeço, do primeiro amor.

Que esta Páscoa tenha esse significado: RENOVAÇÃO!!
Vivamos o Primeiro Amor!!!

Com carinho,
Dani