Páscoa
Para o cristianismo, comemorar a Páscoa não é somente
trocar chocolates. Trata-se de rememorar a ressurreição de Jesus.
Ao seu tempo, Jesus foi considerado um revolucionário
porque denunciava a opressão que o povo sofria: altos impostos cobrados pelo
Império Romano e muitas formalidades e sacrifícios impostos pelos sacerdotes e
fariseus, guardiões do Templo. Essas opressões causavam muita marginalização e,
consequentemente, morte.
Àqueles/as que descumpriam as leis religiosas impostas
tais como: cuidar de leprosos, alimentar “pecadores/as”, ou até mesmo tocar em
pessoas impuras restava perseguição e condenação espiritual. Esta foi a sorte
de Jesus. Sua crucificação pretendeu dar a seguinte lição ao povo: não se
rebelem contra as imposições do Templo, nem do Império.
Quando comemoramos, no domingo de Páscoa, a ressurreição de
Jesus, rememoramos o fato de que a vida venceu a morte; de que o sistema
dominante e opressivo não tem mais poder do que o Deus da vida.
A partir da ressurreição de Jesus podemos ter certeza e
segurança do cuidado e conforto de Deus em todos os atos que pratiquemos que
nos levem a enfrentar as forças de morte a favor da vida do/a próximo/a. No Sermão
da Montanha, Jesus nos ensina que bem aventurados/as são os perseguidos por
causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Que nesta Páscoa, em tempos de morte e perseguição,
possamos nos empenhar mais e mais no cuidado com os que sofrem, na certeza do
conforto e cuidado do Deus da vida que ressuscitou Jesus e ressuscita a nossa
esperança todas as vezes que ela morre.
Busquemos o Deus da vida, que nos ressuscita. Imitemos
Jesus, que entregou a Sua vida em favor dos/das oprimidos/as. Sintamos a renovação
da esperança, com a qual o Espírito Santo nos reanima. E teremos uma Feliz
Páscoa!
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